INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM PSICANÁLISE

A SPOB-RS está com as inscrições abertas para o Grupo VIII de formação de psicanalistas proporcionando um desconto de 10% nas 5 primeiras mensalidades para os interessados  que realizarem sua inscrição ainda no mês de Setembro. O curso está  com início previsto para 11/09.
Psicanálise aplica-se a todas as áreas da Vida Humana. Pode ser utilizada para todas as vertentes da Ciência Humana - através do conhecimento das causas que angustiam e origem dos comportamentos e inquietações. É a ciência e arte de entender a si e o outro, buscando proporcionar o equilíbrio mental para melhor desempenho das atividades pessoais e profissionais.
O Curso se baseia nos ensinamentos de Sigmund Freud e apreciação das vertentes:
Melaine Klein, Jacques Lacan, Donald W. Winnicott, Wilfred Ruprecht Bion e os outros psicanalistas contemporâneos.
A todos os profissionais com curso superior  ou em fase de conclusão, em qualquer área do conhecimento.
ü 28 módulos presenciais uma vez ao mês num final de semana.
ü Resenhas mensais e monografia de formação.
ü 2.128 horas total.      
ü Apostilas atualizadas com visão da psicanálise contemporânea.
ü Corpo docente de vários estados do país.
ü Certificado pela SPOB – Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil – a maior sociedade de psicanalistas da América Latina.
Local: Profº Annes Dias, 166, 9ºandar, sala de reuniões
Início: previsto para 11/ 2013. Se for alcançado o nº suficiente de alunos
Porto Alegre – RS - Coordenador Castilho Sanhudo
 (51) 84497408 / 3024 7559


e-mail- castilhoss28@hotmail.com  -  spobpolors@gmail.com

Onde está a minha humanidade?


Castilho S. Sanhudo
Todos tem suas razões para se tratar, fazer sua analise. Junto com elas vem a contrapartida, ou seja, as razões para querer continuar como está, quando se justifica dizendo coisas como “ não se mexe em time que está ganhando” ou “ porque logo agora eu vou mexer nisso?”.
Muitas vezes as razões para começar o tratamento e para não começar se igualam e fica aquela incerteza rondando a mente de quem já procurou o analista, mas não tem certeza de que quer mesmo começar o tratamento.
Usando este principio diríamos que ainda não estamos preparados para a terapia e talvez seja melhor voltar em outra época. Só que este dia pode ser adiado cada vez que aparece um obstáculo até que um dia a vida inteira passou e não resta muito a fazer além de se conformar com o que jamais pôde ser resolvido.
Viveremos então em circunstâncias agressivas e neuróticas, sem um equilíbrio de nossas ações e reações, sofremos com algo que sentimos, mas não sabemos quais sejas ou ainda não aceitamos estas condições. Elevando assim estados de angustias, dificuldades de um sono reparador, relações familiares e sociais conturbadas , em fim uma humanidade sem equilíbrio físico e principalmente psíquico.
Fazer terapia requer coragem e determinação. Não dá para esperar resultados exuberantes em um mês ou dois. A coisa vem vindo com o tempo e quanto menos se espera o resultado aparece. Às vezes vem como uma solução eficaz, às vezes se instala na vida do sujeito de modo silencioso ou então demora mais um pouco e produz efeito mais modesto, mas de qualquer modo a terapia traz soluções. É um investimento para o resto da vida.
Somo humanos, a prática da humanidade em suas imperfeições não é em aceitar as “coisas” como são e sim ter uma vida equilibrada, condigna, não estar em busca da felicidade, mas se sentir feliz com o que somos e com o que nos tornamos. 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

III - VALORES DE VIVÊNCIA

Castilho S. Sanhudo

 Os valores de vivência, ou valores de experiência, se manifestam na gratuidade dos atos de dar e receber, nascem da capacidade do homem de sentir bem e adequadamente suas experiências.
Estes valores referem-se às possibilidades do homem em ser capaz de retirar do mundo das diversas experiências um aprendizado proveniente das relações de uma pessoa com outras e com a realidade. (GOMES, 1988, p. 55).
Frankl salienta que quanto maior for à capacidade humana de experimentar o mundo, a natureza e a vida, maior será a possibilidade de realizações.
A sexualidade seria completamente afetada se não fosse a capacidade humana de compartilhar experiências e de sentir o mundo das outras pessoas. Assim os valores de experiências nascem da nossa capacidade de sentir e experimentar o mundo. (GOMES, 1988, p 57).
IV - OS VALORES DE ATITUDE
Frankl nos traz que: são nos fatos acima da capacidade humana que são visto os valores de atitudes.
Os valores de atitudes são aqueles que surgem quando fatos irreparáveis e irreversíveis acontecem acima da capacidade humana de superá-los. Estes valores se referem a condições humanas frente às situações limites. (XAUSA, 1988, p 163)
Ele ainda salienta, a realização dos valores de atitude se dá principalmente, diante do sofrimento, da culpa e da morte.
No sofrimento, manifesta a grandeza do homem, onde se realizam os valores de atitude. Mas ainda que os seres humanos realizem os valores no sofrimento, eles transcendem o sofrer, alterando todo o comportamento e sua forma de agir diante de outras forças. (GOMES, 1988, p 57).
Em se tratando de sofrimento, Frankl cita a frase de Nietzche que diz: “Quem tem por que viver suporta quase qualquer coisa.”
Frankl considera privilégio especifico do homem saber sofrer, assumir a culpa a considerar a transitoriedade e a finitude da vida.
A natureza humana admite o sofrimento como algo pertinente a sua estrutura, talvez porque o homo sapiens ouse transformar momentos de dor em oportunidade de crescimento, ou se transformar o desespero em satisfação de atitude. Há dores que são inevitáveis ou incuráveis que pertencem à condição humana. As pessoas são mortais, suas mortes são dores intransferíveis e inevitáveis, todos chegaremos a ela, o que ira diferenciar para as pessoas é a atitude em relação ao que vamos experimentar. (GOMES, 1988, p 58).
Uma possível explicação para a ligação entre o pensamento da morte e o medo de que a vida não tenha sentido é que quando enfrentamos a nossa própria mortalidade destruímos os nossos ideais de felicidade. Se a felicidade plena fosse possível poderíamos não sentir a necessidade de encontrar um sentido – não precisamos ter uma razão para viver enquanto a vida é agradável, e o objetivo de atingir a felicidade plena, se esta fosse atingível, já seria suficiente.


domingo, 1 de setembro de 2013

Semelhanças entre luto e melancolia


Freud, ao estabelecer a comparação entre os processos do luto e da melancolia, toma a perda como elemento central. A diferença entre os dois processos seria o destino dessa perda. No luto, ela é verbalizada e o enlutado sabe perfeitamente o que perdeu. O trabalho do luto visa elaborar essa perda. Na melancolia temos, segundo Freud, a certeza de uma perda, só que o melancólico não sabe o que perdeu. Ao mesmo tempo em que a perda é evidente, ela é inteiramente desconhecida. Freud avança a hipótese de que o melancólico não perdeu um objeto, mas perdeu-se no objeto.

O paciente depressivo se refere a uma perda de si mesmo. Em seu discurso ele diz que já foi alegre, espontâneo, entusiasmado ou orgulhoso de si mesmo, mas isso foi perdido em algum momento de sua vida. Nesses relatos feitos durante a análise é possível remeter esta perda de si à questão da identidade e dos ideais. Trata-se da perda de uma imagem de si mesmo que é trazida ao falar deste passado, um passado em que ainda não havia cabelos brancos, os dentes estavam intactos e o sujeito não tinha vergonha de si ou medo de ser comparado com uma pessoa mais jovem e mais capaz.

A narrativa remete a uma imagem irremediavelmente perdida e o paciente muitas vezes se pergunta para onde foi a sua vida, a sua vitalidade e sua alegria de viver, numa perda que é impossível de ser resgatada. Estes elementos teóricos exemplificam situações muito comuns que foram escolhidas em função dos problemas encontrados no atendimento destes sujeitos. O trabalho da Psicanálise é ajudar o paciente a fazer o resgate de sua auto-estima e permitir que ele possa entender a circunstância em que vive, passando a contemplar novos horizontes a partir de uma visão mais ampla de si mesmo.