Onde está a minha humanidade?
Todos tem suas razões para se
tratar, fazer sua analise. Junto com elas vem a contrapartida, ou seja, as
razões para querer continuar como está, quando se justifica dizendo coisas como
“ não se mexe em time que está ganhando” ou “ porque logo agora eu vou mexer
nisso?”.
Muitas vezes as razões para
começar o tratamento e para não começar se igualam e fica aquela incerteza
rondando a mente de quem já procurou o analista, mas não tem certeza de que
quer mesmo começar o tratamento.
Usando este principio diríamos
que ainda não estamos preparados para a terapia e talvez seja melhor voltar em
outra época. Só que este dia pode ser adiado cada vez que aparece um obstáculo
até que um dia a vida inteira passou e não resta muito a fazer além de se
conformar com o que jamais pôde ser resolvido.
Viveremos então em circunstâncias
agressivas e neuróticas, sem um equilíbrio de nossas ações e reações, sofremos
com algo que sentimos, mas não sabemos quais sejas ou ainda não aceitamos estas
condições. Elevando assim estados de angustias, dificuldades de um sono
reparador, relações conturbadas marital ou filiais, em fim uma humanidade sem
equilíbrio físico e principalmente psíquico.
Fazer terapia requer coragem e
determinação. Não dá para esperar resultados exuberantes em um mês ou dois. A
coisa vem vindo com o tempo e quanto menos se espera o resultado aparece. Às
vezes vem como uma solução eficaz, às vezes se instala na vida do sujeito de
modo silencioso ou então demora mais um pouco e produz efeito mais modesto, mas
de qualquer modo a terapia traz soluções. É um investimento para o resto da
vida.
Somo humanos, a prática da
humanidade e suas imperfeições, não estão em aceitar as “coisas” como são e sim
ter uma vida equilibrada, condigna, não estar em busca da felicidade, mas se
sentir feliz com o que somos e como somos.