INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Onde está a minha humanidade?

Onde está a minha humanidade?
Todos tem suas razões para se tratar, fazer sua analise. Junto com elas vem a contrapartida, ou seja, as razões para querer continuar como está, quando se justifica dizendo coisas como “ não se mexe em time que está ganhando” ou “ porque logo agora eu vou mexer nisso?”.
Muitas vezes as razões para começar o tratamento e para não começar se igualam e fica aquela incerteza rondando a mente de quem já procurou o analista, mas não tem certeza de que quer mesmo começar o tratamento.
Usando este principio diríamos que ainda não estamos preparados para a terapia e talvez seja melhor voltar em outra época. Só que este dia pode ser adiado cada vez que aparece um obstáculo até que um dia a vida inteira passou e não resta muito a fazer além de se conformar com o que jamais pôde ser resolvido.
Viveremos então em circunstâncias agressivas e neuróticas, sem um equilíbrio de nossas ações e reações, sofremos com algo que sentimos, mas não sabemos quais sejas ou ainda não aceitamos estas condições. Elevando assim estados de angustias, dificuldades de um sono reparador, relações conturbadas marital ou filiais, em fim uma humanidade sem equilíbrio físico e principalmente psíquico.
Fazer terapia requer coragem e determinação. Não dá para esperar resultados exuberantes em um mês ou dois. A coisa vem vindo com o tempo e quanto menos se espera o resultado aparece. Às vezes vem como uma solução eficaz, às vezes se instala na vida do sujeito de modo silencioso ou então demora mais um pouco e produz efeito mais modesto, mas de qualquer modo a terapia traz soluções. É um investimento para o resto da vida.

Somo humanos, a prática da humanidade e suas imperfeições, não estão em aceitar as “coisas” como são e sim ter uma vida equilibrada, condigna, não estar em busca da felicidade, mas se sentir feliz com o que somos e como somos.