A criança
Interior
Falta
de conhecimento de si mesmo traz conseqüências!
"Em todo adulto espreita uma criança, uma
criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e
que solicita cuidado, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da
personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa". Carl
Jung
Desde criança precisamos saber
que somos importantes, que somos levados a sério e que cada parte de nós é
digna de ser amada e aceita. Precisamos também saber que os que tomam conta de
nós, nos amam e podemos confiar neles. Quando não podemos confiar nas pessoas
responsáveis por nós, quando sentimos que não se preocupam com o que sentimos,
desenvolvemos uma profunda falta de confiança em nós mesmos. Se formos privados
desse amor, nossa noção de EU SOU, é prejudicada, contaminando o adulto com uma
sede insaciável de amor, atenção e afeição, procurando esse amor no externo, em
coisas materiais, dinheiro ou em outras pessoas. Só podemos mudar algo quando
conseguimos reconhecer alguns padrões em nossa vida. A falta de auto
conhecimento e conexão com a criança interior, pode trazer alguns padrões
comuns.
Sentimentos mais intensos
Medo, culpa, vazio, impotência,
solidão e muito medo de ser abandonado e rejeitado. Quando os pais e outros
adultos significativos nos abandonam, rejeitam ou abusam de nós na infância: (
abuso não somente sexual, mas abuso de direito, de autoridade, etc.), a dor é
tão insuportável que o adulto se desliga da criança interior para não ter mais
tais vivencias, intensificando assim a dor, o vazio e a solidão.
Medo de estar errada
A criança interior abandonada
está quase sempre com medo de estar errada, porque acredita ser essa a razão de
ter sido abandonada ou rejeitada. Torna-se um adulto que está sempre pedindo
desculpas, como se precisasse se desculpar por um dia ter nascido. Pode ainda
ser um adulto perfeccionista, ou muito preso às regras, em como as coisas devem
ser feitas, na tentativa de não errar.
Repetição interna
A repetição interna consiste em
repetir em si mesmo as violências do passado. Nós nos punimos como nos puniam
na infância. Dizer a si mesmo frases como: "seu idiota como Pode ser tão
burro?" ou "não sei fazer nada direito", "nunca serei
feliz", podem ser repetições que ouvia quando criança. Algumas pessoas
batem no próprio rosto, exatamente como a mãe fazia com ela quando era pequena.
A emoção do passado, não resolvida, geralmente é usada contra a própria pessoa.
Se era comum desprezarem nossos sentimentos, será também comum nos relacionarmos
com quem agirá da mesma forma.
Dificuldade no relacionamento afetivo.
Se quando crianças, fomos vitimas
de maus-tratos, tendemos a manter relacionamentos destrutivos, permitindo
sermos tão maltratados como éramos, temendo o abandono. Confundimos carência
com amor. Como podemos compartilhar nossa vida com alguém, quando não sabemos
realmente quem somos? Como alguém pode nos conhecer quando não sabemos
realmente quem somos? Como podemos receber amor de alguém se não nos sentimos
merecedores de sermos amados?
Comportamento agressivo.
Hitler foi espancado na sua
infância, humilhado e envergonhado por um pai sádico. Hitler repetiu a forma
mais extrema dessa crueldade em milhões de pessoas inocente. O comportamento
agressivo pode ser o resultado da violência na infância, da mágoa, e a dor não resolvidas. A criança impotente e ferida
pode se transformar no adulto agressor. Isto é
verdade especialmente em casos de maus-tratos físicos, abuso sexual, e
de severa pressão emocional. Para sobreviver à dor, perde-se toda noção de
identidade, identificando-se com o agressor.
A maioria do comportamento
agressivo nem sempre é resultado de maus-tratos. Em alguns casos, crianças que
foram "mimadas" pelos pais aprenderam a se considerar superiores ao
outros, fazendo-as acreditar que merecem um tratamento especial de todos.
Perdem toda a noção de responsabilidade, certas
de que seus problemas são sempre de outras pessoas, não assumindo a
responsabilidade por seu comportamento.
Co-dependência.
Ser co-dependente é perder o
contato com os próprios sentimentos, carências e desejos. Não tem noção do
próprio valor, que é criado no seu intimo, só compreende o valor do outro,
tornando-se dependente de outras pessoas. Não tem nenhuma noção interior do
próprio "EU".
A co-dependência nasce e cresce
dentro de sistemas familiares doentios. Por exemplo: quando o ambiente familiar
é de violência (química, emocional, física e sexual), a criança passa a
focalizar apenas o exterior. Com o tempo ela perde a capacidade de gerar a
auto-estima que vem de seu interior. O comportamento co-dependente indica que
as carências da infância não foram atendidas, que a criança não sabe quem é.
Algumas pessoas ficam paradas porque estão o tempo buscando fora o amor que não
receberam.
Necessidade de aprovação e reconhecimento.
Grande parte do que lhe disseram
quer era cuidado paterno e materno era abuso. Se continuar inclinado a
minimizar e/ou racionalizar os modos pelos quais foi envergonhado, ignorado ou
usado para satisfazer seus pais, não conseguirá se libertar da angustia e da
dor. Deve aceitar o fato de que as coisas que aconteceram feriram você. Todas
as crianças idealizam os pais, esse é o modo pelo qual garantem a própria
sobrevivência. Contudo, quando a criança agredida idealiza os pais, ela acredita
que é a única responsável pelo abuso de que é vitima. "eles me batem,
porque sou uma criança malvada" ou ainda "eles me tocam porque eu
deixo". Estranhamente, quanto mais era agredida, maltratada ou ignorada em
seus sentimentos, mais pensava que era mau, mais idealizava seus pais mais necessidade de aprovação e
reconhecimento por parte deles buscava, sempre procurando agradá-los. Esse
comportamento pode se manter mesmo quando adulto. Se não consegue obter aprovação
dos pais e depois junto de seu próprio adulto, poderá fazer de tudo para obter
amor e provação dos outros
Carência.
É quando precisamos dos outros
para sentir amado. Essa necessidade de uma aprovação externa surge do medo
profundo do abandono e da rejeição. A carência em geral gera dependência em
relacionamentos doentes e do qual não se consegue sair, por medo de ficar só.
http://www.artigonal.com/psicoterapia-artigos/a-crianca-interior-2877207.html