INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Falando na psicanálise

SOCIEDADE PSICANALÍTICA ORTODOXA DO BRASIL

SPOB-POLO/RS - CURSO LIVRE DE CAPACITAÇÃO EM PSICANÁLISE
Mòdulo V - Teoria Psicanalítica III - Freud
Ocorrerá nos dias 17 e 18 de Outubro.
“Rigorosamente falando, a psicanálise em sua forma pura consiste na criação, por um profissional profundamente treinado, da neurose de transferência através da manutenção da neutralidade, anonimato e passividade na relação com o paciente; este método inclui sessões freqüentes (quatro a cinco por semana), o uso do divã, a adoção da regra fundamental da associação livre, a utilização e interpretação dos sonhos, o focalizar em memórias infantis e a interpretação da resistência”.( Wolber)

“Pode-se comparar a psicoterapia como a façanha realizada pelos holandeses com o seu Mar do Sul, uma drenagem. Onde há mar deve aparecer a terra; eis o que aconteceu com o Mar do Sul e ainda acontece. Traduzindo em psicoterapia, a tarefa é:  “Onde há inconsciente deve aparecer o consciente.”  “Psicoterapia é a conscientização do inconsciente”.( Freud)

terça-feira, 30 de setembro de 2014


CURSO LIVRE DE CAPACITAÇÃO EM PSICANÁLISE - POLO/RS
Módulo; Teoria Psicanalítica III (Freud)
 Este módulo se realizará nos dia 17, sexta-feira das 19h às 22h e 18 sábado das 8.30h as 17h do mês Outubro.
Local: Av. loureiro da silva, 2001, Mezanino, sala de reuniões.
Professor; Castilho Sanhudo.
“Atualmente, definiríamos a tarefa da análise da seguinte maneira: adquirir o máximo conhecimento possível de todas as três instituições da personalidade psíquica e aprender quais são as suas relações mútuas com o mundo externo. Quer dizer: em relação ao Ego, explorar o seu conteúdo, suas fronteiras e funções e apurar as influências do mundo externo, no Id e no Superego, pelas quais foi moldado; em relação ao Id, dar uma explicação dos instintos, isto é, do conteúdo do Id e acompanhar as transformações por ele sofridas.”
Anna Freud, Psicanalista




segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Psicanálise Funciona, diz estudo médico:

A psicanálise intensiva, a “cura pela fala” enraizada nas idéias de Freud, pode estar sob ameaça numa era de tratamentos farmacológicos e pressão por eficácia financeira da assistência médica. Mas cientistas estão relatando agora que ela pode ser eficiente contra alguns problemas mentais crônicos, incluindo a ansiedade e a personalidade limítrofe.
Em uma revisão de 23 estudos sobre esse tipo de tratamento envolvendo 1.053 pacientes, os pesquisadores concluíram que essa forma de terapia, mais intensiva, aliviou sintomas dos problemas com muito mais eficácia do que algumas terapias de curto prazo.
Em estudo na revista “Jama”, da Associação Médica Americana, os autores emitem um alerta para que mais terapias “psicodinâmicas”, como as definem, sejam testadas antes que acabem descartadas como meras curiosidades históricas.
A revisão no “Jama” foi a primeira do tipo para psicanálise a aparecer numa revista técnica médica de alto impacto, e os estudos nos quais o novo artigo se baseia não são muito conhecidos dos médicos em geral.
Por muitos anos, nos EUA, esse campo tem resistido ao escrutínio científico, sob alegação de que o processo de tratamento é altamente individualizado e, portanto, não se presta a esse tipo de estudo. O tratamento se baseia na idéia de Freud segundo a qual sintomas estão enraizados em conflitos psicológicos subjacentes, que podem ser descobertos por meio do relacionamento próximo paciente-terapeuta.

Atenção intensa
Especialistas alertam que a evidência citada na nova pesquisa ainda é muito escassa para uma alegação clara de que a terapia psicanalítica é superior a outros tipos de tratamento, como a terapia cognitiva comportamental, de curto prazo.
“Mas essa revisão certamente parece contradizer a noção de que terapias cognitivas ou outras de curto prazo são melhores que quaisquer outras“, diz Bruce Wampold, psicólogo da Universidade de Wisconsin. “Quando bem feita, a terapia psicodinâmica parece ser tão eficaz quanto qualquer outra.”
Os autores da revisão -Falk Leichsenring, da Universidade de Giessen, e Sven Rabung do Centro Médico Universitário de Hamburg-Eppendorf, ambos na Alemanha- consideraram só estudos nos quais a terapia analisada tinha pelo menos duas sessões por semana e duração maior que um ano.
Os cientistas examinaram os estudos que seguiram pacientes com diversos problemas mentais, dentre os quais depressão severa, anorexia nervosa e transtorno da personalidade limítrofe -caracterizado por medo de abandono e surtos de desespero e carência.
A terapia psicodinâmica “mostrou efeitos de tratamento significativos, grandes e estáveis, que até aumentavam significativamente entre o fim do tratamento e a avaliação”, disse Leichsenring.
A revisão, contudo, não encontrou correlação entre a melhora dos pacientes e a duração do tratamento. Mas eles de fato melhoraram, e os psiquiatras afirmaram que ficou claro que pacientes com problemas emocionais graves e crônicos se beneficiavam da atenção próxima, freqüente e perseverante dos psicanalistas.
“Se definirmos a personalidade limítrofe de modo amplo, como uma incapacidade de controlar emoções, ela se aplica a muitas pessoas que aparecem nas clínicas e são diagnosticadas com depressão, bipolaridade pediátrica ou vício em drogas”, diz Andrew
Gerber, psiquiatra da Universidade Columbia, Para alguns pacientes, diz, “esse estudo sugere que a terapia de longo prazo é necessária para a melhora durar“.
Freud no “Jama”
Alguns psicanalistas ficaram mais surpresos com a publicação que veiculou o estudo do que com o resultado do trabalho. Artigos de revisão no “Jama” e em outras revistas médicas costumam analisar centenas de estudos, enquanto a revisão de agora tinha só 23. O trabalho de Leichsenring é encorajador, dizem, mas é também sinal de que muitos outros estudos precisam ser feitos.
Barbara Milrod, psiquiatra do Weill Cornell Medical College, que também adota terapia psicodinâmica, afirma que mais pesquisas são cruciais para a sobrevivência dessa linha como um tratamento válido.
“Vamos cair na real”, diz. “Os grandes centros médicos estão encerrando os programas de treinamento psicodinâmicos porque não há uma base de evidências adequada.”