INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

sábado, 22 de novembro de 2014

A Psicanálise e os sonhos

Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil
SPOB-POLO/RS
Curso Livre de Capacitação em Psicanálise
A Interpretação dos Sonhos
Módulo VII- Ocorrerá nos dias, 28 e 29 de Novembro
Este estudo psicanalítico dos sonhos será feito a partir do texto freudiano
E interessante ter-se a ideia do significado deste título; para tal cito abaixo o comentário do revisor geral da tradução portuguesa:
"Convém lembrar que esse título, Die Traumdeutungm, não expressa propriamente a ideia de uma 'interpretação' (fechada, final ou única) dos sonhos, mas a de uma busca do sentido dos sonhos, evidentemente entendidos por Freud como dotados de sentido para cada sujeito ao sonhar; como produções psíquicas que eram um efeito desse sentido. Para o leitor de língua alemã, essa postura freudiana ficava clara no título da obra".
Os meios intelectuais e materiais para compor o livro já eram do domínio de Freud desde a conclusão dos Estudos sobre histeria (1895), quando faz comentários sobre a importância dos sonhos em relação ao caso da Sra. Emmy von N.
Também comenta com Fliess, na carta de 04/03/1895, sobre o sentido dos sonhos, no caso um sonho de conveniência relatado por sobrinho de Breuer.
Além disso, é de 24/06/1895 o primeiro sonho interpretado por Freud - o Sonho da Injeção de Irma.
A idéia de pôr em livro estes conhecimentos apareceu em 1897 - durante sua auto-análise - mas foi abandonada. Retomando o projeto em maio de 1898, alcançou sua conclusão em 1899 com o aparecimento da primeira edição, que vendeu 351 exemplares em 6 anos ( ou 58 exemplares por ano); ou 4 exemplares por mês!).
Ao todo foram 8 edições:
1a edição - 1899, 375 páginas. Observar a visão psicopatológica de Freud sobre os sonhos apresentada no prefácio: "Tentei neste volume fornecer uma explicação da interpretação dos sonhos e, ao fazê-lo creio não ter ultrapassado a esfera de interesse abrangido pela neuropatoloqia. Pois a pesquisa psicológica mostra que o sonho é o primeiro membro de uma classe de fenômenos psíquicos anormais, da qual outros membros, como as fobias histéricas, as obsessões e os delírios, estão fadados por motivos práticos, a constituir um tema de interesse para os médicos".
Mais tarde, contudo, sua posição mudou, de tal forma que encontramos nas Conferências Introdutórias que: Os sonhos não são fenômenos patológicos; podem ocorrer em qualquer pessoa sadia, nas condições do estado do sono.
2a edição - 1909, ampliada e revisada, com 418 páginas. No prefácio desta edição Freud já apresenta sua característica de atualização de conceitos, quando nos adverte: "Quem estiver familiarizado com meus outros textos (sobre a etiologia e o mecanismo das psiconeuroses) saberá que jamais apresentei opiniões inconclusivas como se fossem fatos estabelecidos, e que sempre procurei modificar minhas afirmações de modo a mantê-la em dia com meu conhecimento crescente".
3a edição, 1911, ampliada e revisada, com 418 páginas. E nesta edição que aparece o capítulo sobre o Simbolismo dos sonhos. "Minha própria experiência, bem como as obras de Willelm Stekel e outros, ensinaram-me desde então a fazer uma apreciação mais verdadeira da extensão e importância do simbolismo nos sonhos (ou, antes, no pensamento inconsciente)."
4a edição, 1914, revisada e ampliada, com 498 páginas. Apresenta a contribuição de Otto Rank com dois textos - posteriormente retirados: 'Os sonhos e a Literatura Criativa" e os "Sonhos e Mitos".
5a edição, 1919, revisada e ampliada, com 474 páginas.
6a(1921) e 7a edição(1922), são reimpressões da 4a edição.
8a edição, 1929, revisada, ampliada, com 435 páginas. E desta edição que James Strachey fez a tradução de cuja 3a edição inglesa (1931) fez-se a versão para o português. Em seu prefácio encontramos a referência de Freud sobre a importância por ele atribuída a esta obra: "Contém, mesmo de acordo com meu iulqamento atual, a mais valiosa de todas as descobertas aue tive a felicidade de fazer. Um discernimento claro como esse só acontece uma vez na vida".
A obra apresenta sete capítulos, distribuídos em dois volumes IV e V das Obras Completas ( as edições originais sempre foram num único volume, exceto edições especiais como a de 1925).
Capítulo I - A literatura científica que trata dos problemas dos sonhos
Freud comenta o material existente até então, principalmente o ponto de vista dos autores da época e a visão popular sobre os sonhos.
Capítulo II - O método de interpretação do sonhos: análise de um sonho modelo.
Freud apresenta seu Sonho de Iniecão de Irmã como exemplo de seu método de trabalho com os sonhos.
Capítulo III - O sonho é realização de um desejo
Freud comenta o sentido último dos sonhos, a realização disfarçada de um desejo. O objetivo do capítulo foi apresentado para Fliess em 06/08/1899: "A coisa está planejada segundo o modelo de um passeio imaginário. No começo, a floresta escura dos autores (que não enxergam árvores), irremediavelmente perdidos nas trilhas erradas. Depois, uma trilha oculta pela qual conduzo o leitor - meu sonho exemplar, com suas Deculiarirlafte?; nnrmpnnrPQ inHicrrirnoc o niaHac Ho mau nncfn - e então, de repente, o planalto com seu programa e a pergunta em que direção você quer ir agora?"
Capítulo IV - A distorção nos sonhos
Freud começa a apresentar seu entendimento da formação dos sonhos, é onde cita pela primeira vez a existência de um "trabalho dos sonhos".
Capítulo V - O material e as fontes dos sonhos
Freud retoma o assunto das fontes determinantes dos sonhos, faz uma avaliação das fontes somáticas, referidas pelos especialistas e pela visão popular, frente a suas idéias de fontes psíquicas para o desenvolvimento dos sonhos.
Capítulo VI - O trabalho dos sonhos
É o capítulo mais extenso do livro, onde Freud descreve os mecanismos que compõem o trabalho dos sonhos (condensação, deslocamento, representabilidade, elaboração secundária), e também os aspectos simbólicos presentes nos sonhos, tema introduzido a partir da3a edição (1911).
Capítulo VII - A psicologia dos processos oníricos

Capítulo básico da teoria psicanalítica, onde Freud apresenta seu aparelho psíquico e a sua concepção tópica (teoria topográfica). 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS SONHOS

Curso de Capacitação em Psicanálise -SPOB-POLO/RS-

Psicanalista: Castilho S. Sanhudo

Nós vivemos entre duas realidades: - a vida objetiva       (realidade externa, realidade propriamente dita) e a vida subjetiva, isto é da nossa vida psíquica (realidade interna: é sempre agressiva e representa, por isso o desprazer. A Segunda vem ao encontro daquilo que ideamos, queremos, ou desejamos). Por isso, representa o prazer.
Para que exista um equilíbrio entre essas duas realidades, a natureza nos deu a faculdade de sonhar. Através dos sonhos nós vivemos, então, a nossa vida. Através deles realizamos os nossos sonhos como uma função psíquica encarregada de compensar, de suavizar, de substituir mesmo, uma realidade, que nos é hostil por outra, totalmente diferente, onde um novo mundo se descortina diante da alma e onde todas as nossas ações  parecem absurdas, justamente porque as censuráveis na sociedade em que vivemos, gozam enquanto dormimos, de uma espécie de liberdade condicional, quando se expande nos sonhos.
Há sonhos lindos, sonhos inesquecíveis, que a gente lamenta quando se desfazem. Outros são tão feios, digamos assim, que quando se dissipam damos um longo suspiro de desafogo, e ainda com mais profunda alegria dizemos entre nós mesmo: “Felizmente tudo não passou de um sonho!”.
Mas, se os sonhos foram criados para compensar e nos dar a felicidade procurada pelo nosso eu,  por que então não são todos lindos ? Por que nos atormentam ? É que, em verdade, há mais alguma coisa a pesquisar no mecanismo dos sonhos.
A finalidade destes é , sem duvida nenhuma, a   de realizar todos os nossos desejos, por mais absurdos que se apresentem a nossa mente. A psicanálise já os definiu, como sendo “uma realização de desejos”. Entretanto, nem sempre a elaboração onírica consegue este ideal, além de outra dificuldade se apresentar, ainda, para justificar a aparente incoerência que existe em tal definições.
Para compreender as razões existentes, no primeiro caso, é bastante considerarmos o seguinte : Tal qual acontece na vida desperta há, também, enquanto dormimos, uma censura, que impede os sonhos de se apresentarem límpidos, simples, ou compreensíveis, como desejávamos que fossem, pois essa instancia censora é, como fácil de deduzir, uma conseqüência da mesma censura íntima, que nos vigia constantemente , em nossa vida desperta, pautando as nossas atitudes quer através de palavras (escondendo) os sentimentos que não devem ser exteriorizados, quer através de atos, ou ações condenados pelo meio social.
Quando dormimos somos controlados, muito embora de maneira bem mais fraca do que quando estamos em estado de vigília.
Só assim se explica certos sonhos, nos quais a ação da censura é mínima ou mesmo quase indiferente, como acontece nos sonhos infantis.
A outra dificuldade é a que se refere a qualidade do desejo porque nem sempre “conscientemente” desejamos uma coisa, há realmente determinados desejos que nos passam como um relâmpago pela nossa cabeça, mas que são imediatamente condenados pela razão, ou melhor pela consciência. O inconsciente, contudo guarda a impressão.

domingo, 16 de novembro de 2014

CURSO LIVRE DE CAPACITAÇÃO EM PSICANÁLISE

CURSO LIVRE DE CAPACITAÇÃO EM PSICANÁLISE

SOCIEDADE PSICANALÍTICA ORTODOXA DO BRASIL
A SPOB-RS está com as inscrições abertas para o Ingresso no Grupo VIII de capacitação de psicanalistas em Porto Alegre.
Devido recesso em Janeiro, realizaremos aulas de recuperação para as novas inscrições neste grupo em andamento.
Faça a sua inscrições o  próximo encontro.
·         A aula será realizada em 28 e 29 de Novembro de 2014.
·         Interpretação do Sonhos
Objetivo: Promover o ensino e a pesquisa da ciência psicanalítica a partir do pensamento freudiano e demais escolas que estruturam a base do saber Psicanalítico. Fomentar de maneira séria e fidedigna de conhecimento das teorias e a prática em Psicanálise.
A Psicanálise aplica-se a todas as áreas da Vida Humana. Pode ser utilizada para todas as vertentes da Ciência Humana - através do conhecimento das causas que angustiam e origem dos comportamentos e inquietações. É a ciência e arte de entender a si e o outro, buscando proporcionar o equilíbrio mental para melhor desempenho das atividades pessoais e profissionais.
A todos os profissionais com curso superior  ou em fase de conclusão, em qualquer área do conhecimento.
O Curso se baseia nos ensinamentos de Sigmund Freud e apreciação das vertentes:
Melaine Klein, Jacques Lacan, Donald W. Winnicott, Wilfred Ruprecht Bion e os outros psicanalistas contemporâneos.
·         28 módulos presenciais uma vez ao mês num final de semana.
·          Resenhas mensais e monografia de formação.
·         2.128 horas total.      
·         Apostilas atualizadas com visão da psicanálise contemporânea.
·         Corpo docente de vários estados do país.
·         Certificado pela SPOB – Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil – a maior sociedade de psicanalistas da América Latina.
Inscrições; Porto Alegre – RS - Coordenador Castilho Sanhudo.
End. Rua Profº Annes dias,166/103 - fones (51) 84497408 / 3024 7559
e-mail- castilhoss28@hotmail.com  -  spobpolors@gmail.com
Em Santa Catarina.
Profº Antonio Lopes - Psicanalista Didata
Professor e coordenador do Curso de Psicanálise da SPOB em Santa Catarina.
Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil
(47) 3081 2665 / 9923 4913 TIM / 8462 5692 OI

antonio@psicnalisesc.com.br


Portas
Se você encontrar uma porta à sua frente, você pode abri-la ou não.
Se você abrir a porta, você pode ou não entrar em uma nova sala.
Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo.
Se você  vencer, você dá um grande passo: nessa sala, vive-se! Mas tem um preço.
Ø O grande segredo é saber quando e qual das portas devem ser abertas.
A vida, não é rigorosa: ela propicia erros  e acertos,  os erros podem ser transformado em acertos, quando com eles se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno!
A vida é humilde. Se a vida já comprovou o que é ruim, pra quê repeti-lo?
A humildade dá sabedoria de aprender , a crescer também com os erros alheios.
A vida é generosa.  A cada nova sala que se vive, descobre-se outras tantas portas.
A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas.
Ela privilegia a quem descobre seus segredos e, generosamente, oferece-lhe afortunadas portas. Mas também, a vida pode ser dura e severa.  Se não ultrapassar a porta, você terá sempre essa mesma porta pela frente.
É a repetição perante a criação é a monotonia monocromática perante o arco-íris.
É a estagnação da vida.
Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens.