INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Onde está a minha humanidade?


Castilho S. Sanhudo
Todos tem suas razões para se tratar, fazer sua analise. Junto com elas vem a contrapartida, ou seja, as razões para querer continuar como está, quando se justifica dizendo coisas como “ não se mexe em time que está ganhando” ou “ porque logo agora eu vou mexer nisso?”.
Muitas vezes as razões para começar o tratamento e para não começar se igualam e fica aquela incerteza rondando a mente de quem já procurou o analista, mas não tem certeza de que quer mesmo começar o tratamento.
Usando este principio diríamos que ainda não estamos preparados para a terapia e talvez seja melhor voltar em outra época. Só que este dia pode ser adiado cada vez que aparece um obstáculo até que um dia a vida inteira passou e não resta muito a fazer além de se conformar com o que jamais pôde ser resolvido.
Viveremos então em circunstâncias agressivas e neuróticas, sem um equilíbrio de nossas ações e reações, sofremos com algo que sentimos, mas não sabemos quais sejas ou ainda não aceitamos estas condições. Elevando assim estados de angustias, dificuldades de um sono reparador, relações familiares e sociais conturbadas , em fim uma humanidade sem equilíbrio físico e principalmente psíquico.
Fazer terapia requer coragem e determinação. Não dá para esperar resultados exuberantes em um mês ou dois. A coisa vem vindo com o tempo e quanto menos se espera o resultado aparece. Às vezes vem como uma solução eficaz, às vezes se instala na vida do sujeito de modo silencioso ou então demora mais um pouco e produz efeito mais modesto, mas de qualquer modo a terapia traz soluções. É um investimento para o resto da vida.
Somo humanos, a prática da humanidade em suas imperfeições não é em aceitar as “coisas” como são e sim ter uma vida equilibrada, condigna, não estar em busca da felicidade, mas se sentir feliz com o que somos e com o que nos tornamos. 

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