INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Resgatando o legado dos Grandes Pensadores


Em tempos de degenerescência, como apregoam os budistas, a humanidade atravessa
uma época de decadência moral, espiritual, material e ética. A crise financeira internacional de 2008 trouxe em sua esteira a recessão e o fim de um período de euforia em que as pessoas acreditavam em um mundo de recursos ilimitados. Ora, suportar 7 bilhões de seres humanos exige uma demanda de alimentos, água e insumos difícil de imaginar. Na medida em que as pessoas adquirem mais conhecimento das coisas do mundo também surge a especulação, o consumo desenfreado e a roda vai girando cada vez mais rápido até o esgotamento do sistema. Não tenho a pretensão de dizer que atingimos o ápice de um ciclo, mas há indícios inequívocos de que o modelo dá sinais de que está chegando no limite.
O caos na economia vem acompanhado de outras faltas, incluindo as do caráter, da moral, da ética e da própria razão. Na medida em que vão se ruindo os pilares do conhecimento e da conduta o edifício da Cultura estremece e também ameaça ruir. Esses sinais servem para alertar a humanidade de que é preciso rever conceitos; de que é importante parar para pensar e remodelar aquilo o que precisa de concerto. É na luz desse pensamento reflexivo que voltamos às raízes de nossa Civilização para tentar interpretar esses sinais sob a ótica de grandes pensadores e homens que deixaram um legado inequívoco à Humanidade.
O filosofo grego Sócrates nasceu em Atenas no ano de 470 a.C. De origem modesta, era filho de Sofronisco, escultor, e de Fenarete, parteira, com quem dizia ter aprendido a arte de obstetra de pensamentos. Viveu sempre em Atenas e participou das batalhas de Potidea, Delion e Anfipolis. Ele se casou com Xantipa e dedicou sua vida a missão de despertar e educar as consciências, tendo como influência a filosofia de Anaxágoras. Cercado de jovens brilhantes e fomentando discussões, especialmente com os sofistas, nada escreveu. Por isso, o seu pensamento tem que ser reconstituído sobre testemunhos, nem sempre concordantes, de Xenofonte, Platão e Aristóteles.
Em 399 a.C. é condenado à morte sob a acusação de corromper os jovens contra a religião e as leis da pátria. Ao se dirigir aos atenienses que o julgavam, Sócrates disse que lhes era grato e que os amava, mas que obedeceria antes ao deus do que a eles, pois enquanto tivesse um sopro de vida não deixaria de filosofar. Aconselharia as pessoas a não se preocupar nem com o corpo nem com a fortuna. Segundo Sócrates, a Ciência fala de ser justo em relação ao cosmos, fala da modificação da alma, purificando o espírito em sua unidade e totalidade, o qual não é mais capaz de erro e de pecado.
 Texto adaptado da fonte: http://www.coladaweb.com/filosofia/socrates