Quem acompanha o
nosso trabalho sabe que mantemos periodicamente grupos de formação de
psicanalistas, com mais de 300 profissionais formados ao longo dos últimos 10
anos. Este post, e alguns outros que colocaremos no site nas próximas semanas,
trata de casos emblemáticos da Psicanálise que não são muito propalados, mas
que interessam aos profissionais da área de saúde mental, principalmente aos
colegas analistas que seguem sempre atualizando seus conhecimentos.
FTM
O Fetichismo
Transvéstico Masculino (FTM) é um transtorno classificado como parafilia pelo
DSM.IV F65.1 – 302.3
O foco do
transtorno envolve vestir-se com roupas de mulher na frente do espelho.
Geralmente, o homem mantém uma coleção de roupas femininas, que usa
ocasionalmente em sigilo. Durante a feminização em geral se masturba,
imaginando-se tanto como o sujeito masculino quanto como o objeto feminino de
sua fantasia sexual.
O transtorno tem
sido descrito na literatura clínica apenas em homens heterossexuais. O FTM
começa com o uso das roupas da mãe na infância ou início da adolescência,
quando passa a imitar os trejeitos das mulheres, quase sempre na frente de
um espelho. O núcleo da fantasia é ver a própria imagem feminizada,
negando a castração feminina na medida em que sabe da existência do pênis.
Outro viés desse caso é que ao se ver feminizado o homem assume sua
castração simbólica, o que parece ser uma alternativa possível ao Complexo
de Édipo. Em alguns indivíduos, a motivação para vestir roupas femininas
pode mudar ao longo das décadas, com a excitação sexual diminuindo ou
desaparecendo com a proximidade da velhice. Nesses casos, o uso de roupas
femininas deixa de ser um elemento de excitação para se tornar um antídoto para
a ansiedade e depressão ou contribui para um sentimento de paz e tranqüilidade
do paciente.
São raros os casos que chegam ao consultório. Por
ser um transtorno estruturante, do tipo que acompanha o paciente pela vida
toda, não é raro que os pacientes aprendam a esconder suas atividades
transvésticas de todos, inclusive dos familiares mais próximos, como irmãos,
pais e até esposa e filhos. São pessoas extremamente cuidadosas, detalhistas e
observadoras que conseguem dissimular muito bem seus atos sem deixar vestígios.
Estes homens não costumam comentar suas atividades transvésticas e geralmente
chegam ao consultório com outras queixas como sofrimento emocional não
localizado, que no decorrer da análise se revela como uma angústia profunda e
uma necessidade de falar sobre suas paixões eróticas vividas na frente do espelho
entre 4 paredes.
Eu tenho esse fetiche e um outro que tem um pouco a ver. Eu adoro usar shortinhos colados e curtos e soltar peido com eles. Sentondo uma mulher q fez isso. Me amarro n peido feminino ainda ais usando esse tipo de roupa. E tem um outro tambem associado com esses dois. Que e o de passar próximo a traseira de um chevette daqueles ultimos modelos. Pois eu enxerga a traseira do carro como :um rosto franzindo o nariz como se tivesse sentindo um fedor de peido claro. Esses três fetiches se ligam entre si. Sera q algum profissional
ResponderExcluirpodia analisar o meu caso?