INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

terça-feira, 9 de julho de 2013

Psicanálise e a dependência química


Abordagem psicanalítica da dependência química e suas consequências
Curso  sobre dependência e a co-dependência química com abordagem psicanalítica do desenvolvimento familiar e social da criança, do adolescente e do adulto, incluindo as relevâncias da terapia em prevenção e recuperação de casos.
O presente curso vem retratar a toxicomania em sua diversidade e apontar para a necessidade de nossa sociedade compreender, através da ótica da psicanálise, os impasses e as saídas possíveis, focando o sujeito toxicômano em suas relações sociais e familiares.
Público alvo: professores, psicopedagogos, terapeutas e profissionais do setor.
O curso correrá nos dias 30 e 31 de Agosto
Inscrições até o dia 27 de agosto
Investimento de R$ 220,00
Certificado pela SPOB-POLO/RS
Inscrições: Rua Prof. Annes Dias, 166/103 , em frente à Santa Casa
Fones: (51) 3024-7559 – Cel. 8449-7408
castilhoss28@gmail.com
 Coordenador: Castilho S. Sanhudo

domingo, 7 de julho de 2013

O QUE É PRECISO FAZER PARA SER UM PSICANALISTA?

  •   Conteúdo da Apostila de Introdução a Psicanalise
  •   Curso de Capacitação em Psicanálise - 
  •   Org. Castilho S. Sanhudo, Psicanalista e Coordenador-SPOB-POLO\RS
    A resposta para esta pergunta, a princípio, parece muito simples. Para ser um psicanalista é preciso fazer uma formação que inclua seminários teóricos e clínicos sobre psicanálise, supervisões dos casos atendidos e tratamento pessoal. Um psicanalista tem que acreditar e trabalhar encima dos preceitos fundamentais da psicanálise que são: o Complexo de Édipo, o recalcamento, a resistência, a transferência, o inconsciente e a sexualidade infantil.
    No entanto, em 1937, Freud escreve que existiam três profissões impossíveis, que seriam a de educar, a de governar e a de analisar.  Porque, quase no fim da vida, deixa-nos essa mensagem?
    A teoria psicanalítica é muito fácil de aprender se for comparada com a prática. Porém, o psicanalista que mais sabe, nem sempre é o que melhor faz. Talvez, justamente, o que melhor faz seja aquele que mais suporta que não sabe. A psicanálise lida sempre com o desconhecido, com o imprevisto. Partindo dessas afirmações, pode-se pensar que o mais importante para ser um psicanalista não é possuir uma bagagem de conhecimentos adquiridos em seminários e supervisões. Para ser um psicanalista é preciso ter uma atitude psicanalítica, que é desenvolvida,  principalmente, através da análise pessoal. Essa atitude pode-se comparar com as condições necessárias para tolerar as angústias e os imprevistos de um longo percurso pelo inconsciente. No entanto, não basta conhecer o inconsciente, mas vivenciar na dupla (paciente/analista) e aprender com a experiência.
   Essa união, porém, implica em assimetria e em reconhecimento das diferenças, dos limites, da não infalibilidade do analista e de que ele não é dono da verdade e nem das respostas. A única certeza que temos em psicanálise é de que não existe uma certeza. Paciente e analista devem estar dispostos a caminharem juntos e se defrontar com o que aparecer. Ambos melhorando e se superando, um aprendendo com o outro.

   Um analista precisa estar comprometido com a tarefa de tentar ajudar a “criança”  de seu paciente a encontrar  o adulto que está dentro dele e também mostrar que mesmo ele sendo um adulto ainda é uma criança. Ser psicanalista é buscar a sua verdade e a de seu paciente, por mais dolorida e insuportável que seja pelos mais obscuros lugares do inconsciente. Para ser psicanalista é preciso suportar a angústia do não saber.