Castilho S. Sanhudo
Os valores de vivência, ou valores de
experiência, se manifestam na gratuidade dos atos de dar e receber, nascem da
capacidade do homem de sentir bem e adequadamente suas experiências.
Estes
valores referem-se às possibilidades do homem em ser capaz de retirar do mundo
das diversas experiências um aprendizado proveniente das relações de uma pessoa
com outras e com a realidade. (GOMES, 1988, p. 55).
Frankl salienta que quanto maior for à
capacidade humana de experimentar o mundo, a natureza e a vida, maior será a
possibilidade de realizações.
A sexualidade seria completamente afetada se
não fosse a capacidade humana de compartilhar experiências e de sentir o mundo
das outras pessoas. Assim os valores de experiências nascem da nossa capacidade
de sentir e experimentar o mundo. (GOMES, 1988, p 57).
IV - OS VALORES DE ATITUDE
Frankl nos traz
que: são nos fatos acima da capacidade humana que são visto os valores de
atitudes.
Os valores de atitudes são aqueles que surgem
quando fatos irreparáveis e irreversíveis acontecem acima da capacidade humana de
superá-los. Estes valores se referem a condições humanas frente às situações
limites. (XAUSA, 1988, p 163)
Ele ainda salienta, a realização dos
valores de atitude se dá principalmente, diante do sofrimento, da culpa e da
morte.
No sofrimento, manifesta a grandeza do
homem, onde se realizam os valores de atitude. Mas ainda que os seres humanos
realizem os valores no sofrimento, eles transcendem o sofrer, alterando todo o
comportamento e sua forma de agir diante de outras forças. (GOMES, 1988, p 57).
Em se tratando de sofrimento, Frankl
cita a frase de Nietzche que diz: “Quem tem por que viver suporta quase
qualquer coisa.”
Frankl considera privilégio
especifico do homem saber sofrer, assumir a culpa a considerar a
transitoriedade e a finitude da vida.
A natureza humana admite o sofrimento como
algo pertinente a sua estrutura, talvez porque o homo sapiens ouse transformar
momentos de dor em oportunidade de crescimento, ou se transformar o desespero
em satisfação de atitude. Há dores que são inevitáveis ou incuráveis que
pertencem à condição humana. As pessoas são mortais, suas mortes são dores
intransferíveis e inevitáveis, todos chegaremos a ela, o que ira diferenciar
para as pessoas é a atitude em relação ao que vamos experimentar. (GOMES, 1988,
p 58).
Uma possível explicação para a
ligação entre o pensamento da morte e o medo de que a vida não tenha sentido é
que quando enfrentamos a nossa própria mortalidade destruímos os nossos ideais
de felicidade. Se a felicidade plena fosse possível poderíamos não sentir a
necessidade de encontrar um sentido – não precisamos ter uma razão para viver
enquanto a vida é agradável, e o objetivo de atingir a felicidade plena, se
esta fosse atingível, já seria suficiente.
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