INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

terça-feira, 3 de setembro de 2013

III - VALORES DE VIVÊNCIA

Castilho S. Sanhudo

 Os valores de vivência, ou valores de experiência, se manifestam na gratuidade dos atos de dar e receber, nascem da capacidade do homem de sentir bem e adequadamente suas experiências.
Estes valores referem-se às possibilidades do homem em ser capaz de retirar do mundo das diversas experiências um aprendizado proveniente das relações de uma pessoa com outras e com a realidade. (GOMES, 1988, p. 55).
Frankl salienta que quanto maior for à capacidade humana de experimentar o mundo, a natureza e a vida, maior será a possibilidade de realizações.
A sexualidade seria completamente afetada se não fosse a capacidade humana de compartilhar experiências e de sentir o mundo das outras pessoas. Assim os valores de experiências nascem da nossa capacidade de sentir e experimentar o mundo. (GOMES, 1988, p 57).
IV - OS VALORES DE ATITUDE
Frankl nos traz que: são nos fatos acima da capacidade humana que são visto os valores de atitudes.
Os valores de atitudes são aqueles que surgem quando fatos irreparáveis e irreversíveis acontecem acima da capacidade humana de superá-los. Estes valores se referem a condições humanas frente às situações limites. (XAUSA, 1988, p 163)
Ele ainda salienta, a realização dos valores de atitude se dá principalmente, diante do sofrimento, da culpa e da morte.
No sofrimento, manifesta a grandeza do homem, onde se realizam os valores de atitude. Mas ainda que os seres humanos realizem os valores no sofrimento, eles transcendem o sofrer, alterando todo o comportamento e sua forma de agir diante de outras forças. (GOMES, 1988, p 57).
Em se tratando de sofrimento, Frankl cita a frase de Nietzche que diz: “Quem tem por que viver suporta quase qualquer coisa.”
Frankl considera privilégio especifico do homem saber sofrer, assumir a culpa a considerar a transitoriedade e a finitude da vida.
A natureza humana admite o sofrimento como algo pertinente a sua estrutura, talvez porque o homo sapiens ouse transformar momentos de dor em oportunidade de crescimento, ou se transformar o desespero em satisfação de atitude. Há dores que são inevitáveis ou incuráveis que pertencem à condição humana. As pessoas são mortais, suas mortes são dores intransferíveis e inevitáveis, todos chegaremos a ela, o que ira diferenciar para as pessoas é a atitude em relação ao que vamos experimentar. (GOMES, 1988, p 58).
Uma possível explicação para a ligação entre o pensamento da morte e o medo de que a vida não tenha sentido é que quando enfrentamos a nossa própria mortalidade destruímos os nossos ideais de felicidade. Se a felicidade plena fosse possível poderíamos não sentir a necessidade de encontrar um sentido – não precisamos ter uma razão para viver enquanto a vida é agradável, e o objetivo de atingir a felicidade plena, se esta fosse atingível, já seria suficiente.


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