Parte da Apostilha Teoria
Psicanalítica D.W.Winnicott do Curso Livre de Capacitação em Psicanálise
SPOB-POLO\RS
Org. Castilho s. Sanhudo
Conflito essencial do ser
humano no início da vida ao relacionamento objetal; quando o bebê transita do
ambiente que está identificado ( ser) , e começar agir sobre os objetos
externos, separados dele. A criança está no dilema de separar a atitude da mãe
no início, onde ele é o seio e o seio é ele.
Com comportamento adequado
da mãe, o bebê experiência a onipotência,
introjeta e se identifica, portanto está no “ser”, que tem relação com identificações, como
projetar e introjetar, enquanto que a confrontação entre o bebê e seio envolve o fazer.
“ A destruição é inerente ao
relacionamento objetal”, o ser se identificou, foi tolerado e respeitado na sua
onipotência, passa para a objetivação. Já sendo mais integrado se dá a fase do
fazer sobre o objeto, ou sofrer algo que seja feito por ele, necessário para
que ocorra o amadurecimento. Para isso a
ilusão inicial do ser num só e a separação, deve ser levado em conta o ritmo e
obedecer o processo, portanto ser feita de forma gradativa.
“ Na psicopatologia, alguns
dos maiores bloqueios ao envolvimento instintual ou do impulso, surge quando
paciente mais objeto, se transforma violentamente em paciente, se confronta e é
confrontado pelo objeto, implicando uma mudança que vai de uma defesa
aconchegante para uma posição de angústia de alto grau e uma percepção súbita
de imaturidade.”
Vamos ver claramente o
conceito de identificação e objetivação, no caso exposto por Winnicott, do
paciente que era visto e tratado pela mãe como menina, resultando em uma
sexualidade cruzada, onde o biológico masculino em conflito com o feminino ,
teria que dar conta de ser feminino para não perder o amor da mãe.
Assim a teoria Winnicottiana
da sexualidade, tanto no aspecto relacional como no instintual, fica inserida
na teoria do amadurecimento, fazendo da
mesma, vista num contexto mais amplo que a tradicional.