INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Mito do Eros e Psique

Filosofia e Psicanálise
Curso Livre de capacitação em Psicanálise

Não obstante este mito já ter sido descrito no capítulo "O vínculo do amor", creio que, pela sua importância e significação se justifica re­produzir com uma versão algo diferente. Neste conhecido mito, ao lado do amor, houve uma inveja e um sentimento de ciúme muito intenso por parte de Afrodite (em romano é conhecida como Vénus, deusa do amor), dirigido contra a grande e admirável beleza de Psique, de modo que, não suportando a inveja, Afrodite tramou uma forma de humilhar e estragar a vida da rival odiada.
Neste seu macabro ódio, Afrodite tentou usar o seu filho Eros, com a finalidade de que, através de alguma "seta do amor", ele flechasse al­gum homem, de última classe social, e que se encantasse perdidamente de amor por Psiquê, e que esta também ficasse num estado de encanta­mento.
Aconteceu, no entanto, que o "feitiço virou contra o feiticeiro", de sor­te que foi Eros quem ficou perdidamente apaixonado por Psiquê, a quem ele desposou, o que acarretou um maior desespero e ódio de Afrodite.
No entanto, Psiquê é a alma humana que não pode amar sem sofrei e fazer os seus enamorados também sofrerem, o que também aconteceu com Eros. Psiquê não sabia que o seu amante era o deus do amor; ele sc vinha visitá-la à noite e nunca a deixava ver o seu rosto. Instigada poi suas duas irmãs invejosas, Psiquê, numa noite, enquanto Eros dormia, aproxima uma lâmpada ao seu rosto. Fica deslumbrada com a beleza de Eros, reconhece-o como deus do amor, porém da lâmpada pinga uma gote de azeite fervente no rosto de Eros que desperta e desaparece imediatamente, sem jamais voltar. Psiquê entra em desespero, chora sem cessar e resolve dirigir-se a Afrodite. Esta, ainda ressentida com Psiquê, faz dela e sua escrava e obriga-a a viver no meio da tristeza e da inquietação.
Com uma mediação de Zeus, Vénus (Afrodite) abranda o seu ressentimento e vingança, e o Olimpo se rejubila e comemora, com um banquete esplêndido, o retorno da paz, não obstante Afrodite garanta que Psique seria de sua propriedade. Então, Eros volta a viver com ela, num verda­deiro hino ao amor e o casal tem uma filha, Volúpia. Em algumas versões deste mito Eros tinha um complemento ("uma outra parte dele") que. conforme a tradução, tanto é chamado de Imeros, quanto de Anteros, o qual se caracteriza por ser o deus do amor violento, de luxúria.

Esse mito também deixa claro o quanto o amor e o ódio cami­nham muito juntos. Mitos como esses aparecem em grande quantidade na mitologia greco-romana, onde o amor e o ódio se superpõem e se confundem.
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