SOCIEDADE
PSICANALÍTICA ORTODOXA DO BRASIL-POLO/RS
Curso livre
de Capacitação em Psicanálise
GRUPO VIII- Módulo – SUPERVISÃO I
Será realizado nos dias 02 e 03 de Outubro 2015
O
LUGAR DA SUPERVISÃO NA FORMAÇÃO DO ANALISTA
Thais
Christofe Garrafa
No âmbito da
transmissão da psicanálise, a importância da supervisão tem sido amplamente
difundida, de modo que vem sendo procurada pela grande maioria dos jovens
analistas, estejam estes vinculados ou não a um instituto de formação. Embora
se saiba que o movimento inconsciente nunca cessa, e que não há procedimento
capaz de revelar, por completo, aquilo que determina a tônica da
relação do sujeito com o mundo, a prática da supervisão tem sido reconhecida
como um desses alicerces capazes de contemplar algo do trabalho do analista que
a análise, por si só, não pode fazer.
Mas, afinal,
para que serve a supervisão? Por que um analista procura um outro, fora do
contexto da análise pessoal, para falar de sua prática? Em outras palavras, o
que caracteriza a demanda para a supervisão? Quais as implicações de cada uma
das formas de exercer essa prática?
Norteado pelas questões acima mencionadas, o
presente artigo tem como objetivo promover o questionamento do lugar da
supervisão na formação do analista, através da recuperação de sua origem
histórica e do mapeamento das diversas formas de compreender o exercício dessa
prática, tendo em vista a possibilidade de contribuir para a desconstrução de
seu caráter freqüentemente ideológico e, portanto, resistencial na psicanálise.