INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PSICANÁLISE: MÉTODO E FORMA DE ATUACÃO

SOCIEDADE PSICANALÍTICA ORTODOXA DO BRASIL

PROJETO BRASIL – 1996 – ANO DA EXPANSÃO
CURSO LIVRE DE CAPACITAÇÃO EM PSICANÁLISE
A SPOB no Brasil
Em julho de 1996, na Cidade de Salvador – Bahia – a SPOB implantou sua primeira turma de formação de Psicanalistas. Logo em seguida, foram abertas turmas em Recife (PE), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP). Daquele ano até agora (Agosto,2014), já foram concluídas  mais de 100 turmas em todos os Estados Brasileiros (e algumas cidades do interior), com mais de 3.000 psicanalistas formados. São decorridos quase 18 anos e a SPOB orgulha-se de dizer, que é a maior Sociedade Psicanalítica da América Latina.
            Com sede em Niterói, Estado do Rio de Janeiro.     Nosso processo constitui-se de Análise Didática, Estágio Supervisionado com pacientes/pilotos e aulas teóricas. Não abrimos mão de manter a qualidade do ensino que ministramos, tendo o aluno que auferir acima de 70% de rendimento nas aulas teóricas e submeter-se à Análise Didática (análise pessoal).
     A profissão de psicanalista é livre no Brasil, não regulamentada, mas reconhecida como profissão pela CBO – Classificação Brasileira de Ocupações, código nº. 2515-50 – Psicanalista – Analista (psicanálise), e em nosso ordenamento jurídico não existe nenhuma Lei que proíba a existência de cursos de Psicanálise e muito menos que impeça o exercício da profissão.
PSICANÁLISE: MÉTODO E FORMA DE ATUACÃO
A função primordial da clínica psicanalítica — a análise — é buscar a origem do sintoma, ou do comportamento manifes­to, ou do que é verbalizado, isto é, integrar os conteúdos incons­cientes na consciência com o objetivo de cura ou de autoconhecimento. Para isso, é necessário vencer as resistências do indi­víduo, que impedem o acesso ao inconsciente.
O método para atingir esses objetivos é o da interpreta­ção dos sonhos, dos atos falhos (os esquecimentos, as substitui­ções de palavras etc.) E as associações livres. Em cada um des­ses caminhos de acesso ao inconsciente é a história pessoal que conta. Cada palavra, cada símbolo tem um significado particu­lar para cada indivíduo. Por isso é que se diz que, a cada nova situação, repete-se a experiência inaugurada por Freud.
É comum imaginarmos a Psicanálise acontecendo num con­sultório com um paciente deitado num diva, até porque esta tem sido, tradicionalmente, a sua prática. Porém, coexistindo com isto, é possível observar o esforço de estudiosos no sentido de ampliar o raio de contribuição da Psicanálise aos fenômenos de grupos, às práticas institucionais e à compreensão de fenôme­nos sociais, como a violência e a delinquência, por exemplo. Aliás, o próprio Freud, em várias de suas obras — O mol­estar na civilização, Psicologia de massa e análise do ego, Re­flexões para os tempos de guerra e morte —, coloca questões sociais e ainda atuais como objeto de reflexão.
Portanto, além das contribuições para a revisão de práti­cas profissionais, buscando, por exemplo, um atendimento ao doente mental que supere o isolamento dos manicômios, a maior contribuição da Psicanálise é indicar que o mais importante na sociedade não é a representação que ela faz de si, ou suas mani­festações mais elevadas, mas aquilo que está além dessas apa­rências. Isto é, a angústia difusa, o aumento do racismo, a vitimização das crianças, o terrorismo. Em suma, a Psicanálise nos faz ver aquilo que mais nos incomoda: a possibilidade constan­te de dissociação dos vínculos sociais.


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