- Trata-se de um trecho de artigo publicado no jornal Correio Braziliense, de 24 de janeiro de 2003. Veja:
"Médicos e psiquiatras são unânimes ao afirmar que qualquer pessoa está
sujeita a desenvolver uma doença psicossomática.
Algumas até já sofrem do mal sem perceber. A asma e a artrite (dores nas
articulações), por exemplo, têm um forte fator emocional. Crianças que só
começam a ter dificuldades para respirar depois de completar 5 ou 6 anos sofrem
de asma psicossomática.
A falta de ar é uma maneira de atrair a atenção dos pais. Para ter certeza de
que uma doença tem origem psicológica, deve-se descartar todas as causas
orgânicas primeiro. Por isso, recomenda-se uma série de exames antes de fechar
o diagnostico. É importante esclarecer que, apesar de a enfermidade ser
emocional, o paciente precisará de tratamento médico. ‘‘Os sintomas que ela
apresenta não são imaginários e, portanto, exigem cuidados especiais’’, ensina
o psiquiatra.
Outras doenças psicossomáticas comuns são a psoríase (descamação da pele), o
vitiligo (perda do pigmento da pele) e a alopécia (perda espontânea de pêlos do
corpo). O fato de todas afetarem a pele não é coincidência. ‘‘Depois do
cérebro, a pele é o órgão com o maior número de terminações nervosas do
corpo’’, explica o dermatologista Francisco Leite. ‘‘Isso quer dizer que a pele
está intimamente ligada ao sistema nervoso central e, conseqüentemente, às
emoções.’’
Em princípio, os pacientes nem imaginam que as irritações na pele e queda de
cabelo têm fundo emocional. Mas, ao conversar com o dermatologista, acabam
percebendo: o problema surgiu após um forte estresse.
A melhor maneira de acabar com o problema é tratando, simultaneamente, a pele e
a mente. Por isso, além dos medicamentos tradicionais, recomenda-se terapia.
Quando a pessoa ficar de bem consigo mesma, os sintomas tendem a regredir.
O doente citado acima, por exemplo, controlou a doença logo após o novo
matrimônio. O fato de se sentir amado novamente ajudou na cura".
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