INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

PSICOTERAPIA PSICANALITICA


Curso Livre de Capacitação em Psicanálise -SPOB-POLO/RS

Grupo VIII-RS- Módulo de Psicoterapia Psicanalítica.
Dias – 11 e 12 de Setembro
A TEORIA E TÉCNICA PSICANALITICA

INTRODUÇÃO

A psicoterapia psicanalítica ou, talvez mais corretamente, psico-terapia orientada psicanaliticamente, é uma forma de psicoterapia amplamente usada e muito eficaz. Apesar disto, não é uma entidade nitidamente definida, e o termo é aplicado a muitas formas diferentes de psicoterapia. Aqui tentaremos o seguinte: definir esta forma de psicoterapia; indicar sua relação com outras formas de psicoterapia, particularmente a psicanálise; formular os princípios teóricos nos quais pode ser baseada; e delinear os métodos técnicos para efetuar esta forma de tratamento.
Falar sobre técnica psicanalítica, teoricamente torna-se uma tarefa difícil, já que dentro do consultório, o que menos usa o analista, são seus preceitos teóricos conscientes e muito mais sua empatia e intuição, além de suas vivências contratransferenciais. E esta maneira de "ser" psicanalítica, mais se aprende, vivenciando-se na sua práxis, do que estudando na teoria. Daí a importância tão propalada da análise didática e das supervisões. Porém algo há que possa ser ensinado e de alguma forma aprendido.
 A atitude interna e externa do analista frente a seu paciente nas diversas fases do processo analítico
O objetivo deste módulo de teoria e técnica psicanalítica vai ser de tentar transmitir aos colegas de como funciona a mente do analista, quando em seu consultório, se defronta diante de si, seu paciente eliciando material distorcido pelas resistências, transferências, inverdades, medos de mudanças, e com isto, boicotando-se e boicotando ao analista, este tenha que ter a capacidade de nas "entrelinhas", entendê-lo, conter suas angústias, dar uma re-significação, um nome, ao que o paciente inconscientemente estar a dizer, e retornar este material "intoxicado", agora devidamente "desintoxicado", para que o paciente adquira uma compreensão interna do seu "modus operandis" e possa dar um outro sentindo a sua vida. E eu posso garantir-lhes, de antemão, que grande parte desta tarefa, desta comunicação paciente-analista, acontece de inconsciente a inconsciente tendo que, para isto, o analista em formação, adquirir (aprender-automatizar), nos moldes de como se aprende a dirigir um carro, de início teorizando algo que deva ser automático, não teorizável, adquirindo uma atitude mental interna "suigeneris" que só quem já experimentou sabe o que seja, pois beira a um pensamento transcendental, que induz ao analista uma atitude analítica, no seu vínculo com seu paciente.


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