Curso Livre de Capacitação em Psicanálise -SPOB-POLO/RS
Grupo VIII-RS- Módulo de Psicoterapia Psicanalítica.
Dias – 11 e 12 de Setembro
A TEORIA E TÉCNICA PSICANALITICA
INTRODUÇÃO
A psicoterapia psicanalítica ou,
talvez mais corretamente, psico-terapia orientada
psicanaliticamente, é uma forma de psicoterapia amplamente usada e
muito eficaz. Apesar disto, não é uma entidade nitidamente definida, e
o termo é aplicado a muitas formas diferentes de psicoterapia. Aqui
tentaremos o seguinte: definir esta forma de psicoterapia; indicar sua relação
com outras formas de psicoterapia, particularmente a psicanálise;
formular os princípios teóricos nos quais pode ser baseada; e delinear
os métodos técnicos para efetuar esta forma de tratamento.
Falar sobre técnica
psicanalítica, teoricamente torna-se uma tarefa difícil, já que
dentro do consultório, o que menos usa o analista, são seus preceitos teóricos conscientes e muito mais sua empatia e intuição,
além de suas vivências
contratransferenciais. E esta maneira de
"ser" psicanalítica, mais se aprende, vivenciando-se na sua práxis, do que estudando na teoria. Daí a
importância tão propalada da análise
didática e das supervisões. Porém
algo há que possa ser ensinado e de alguma forma aprendido.
A atitude interna e externa do analista frente a seu paciente nas diversas fases do processo analítico
O objetivo deste módulo
de teoria e técnica psicanalítica vai ser de tentar transmitir aos colegas de como funciona a
mente do analista, quando em seu consultório, se defronta diante de
si, seu paciente eliciando material distorcido pelas resistências, transferências,
inverdades, medos de mudanças, e com isto, boicotando-se e boicotando ao
analista, este tenha que ter a capacidade de nas "entrelinhas", entendê-lo, conter suas angústias, dar uma re-significação,
um nome, ao que o paciente
inconscientemente estar a dizer, e retornar
este material "intoxicado", agora devidamente "desintoxicado", para que o paciente
adquira uma compreensão interna do
seu "modus operandis" e possa dar um outro sentindo a sua vida. E eu posso garantir-lhes, de antemão, que grande parte desta tarefa,
desta comunicação paciente-analista,
acontece de inconsciente a
inconsciente tendo que, para isto, o analista
em formação, adquirir (aprender-automatizar), nos moldes de como se aprende a dirigir um carro, de início teorizando algo que deva ser automático, não
teorizável, adquirindo uma atitude mental interna "suigeneris" que só quem já experimentou sabe o
que seja, pois beira a um pensamento transcendental, que induz ao analista uma atitude analítica, no seu vínculo
com seu paciente.
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