INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Wilfred R. Bion
“Assim a
capacidade para tolerar frustração
capacita a psique
a
desenvolver pensamentos como um meio
de tornar a frustração tolerada
ainda
mais tolerável”.
Bion, 1961
Bion depois de Freud e
Melanie Klein foi um psicanalista que trouxe contribuições originais para os
estudos sobre o pensamento e comunicação, a dor psíquica, destacado por sua
proposta de uma “teoria de grupos”, que conserva na contemporaneidade a
pertinência que tinha desde o seu surgimento, foi considerado o “terceiro
gênio” da psicanálise devido às suas contribuições inovadoras fundamentadas na
vincularidade. A sua proposta sobre a “teoria do pensamento”, com conteúdo e
estilo, veio colaborar com o conhecimento nos processos da psicose. Seus
escritos suscitaram admiração e entusiasmo, mas também rechaços e irritações no
meio psicanalítico. Destacou-se por sua linguagem extraordinária, cheia de
metáforas, com referências filosóficas, artísticas, literárias e místicas, e de
inspiração em fórmulas matemáticas, o que levou a muitos o considerarem um
autor hermético.
Os analistas que seguiram depois das descobertas
de Melanie Klein, os póskleinianos, desenvolveram mais a teoria e a técnica,
criando conceitos e novas estratégias para resolver situações surgidas na
análise de seus pacientes, dando continuidade às linhas essenciais do
pensamento kleiniano. Seus discípulos se destacaram com seus trabalhos, suas
publicações, idéias, conceitos originais da doutrina kleiniana. Entre estes Wilfred
R. Bion, psicanalista inglês, que tendo se analisado com Klein, se destacou
pela criatividade e audácia, tanto para enfocar problemas novos, como com seus
modelos e construções que reuniram a sua proposta teórica pelo seu “pensar”
humanista e filosófico, mas também mais exato ou matemático construído a partir
de suas observações de fatos clínicos e sempre atento aos rumos do pensamento
científico em psicanálise e sua aplicabilidade clínica.
Bion foi contemporâneo
não só de M. Klein, mas também de Donald W. Winnicott, integrando as idéias de
Freud e Klein de uma forma inovadora, devolvendo uma vivacidade à psicanálise.
Resgatou uma linguagem coloquial, criando um método de examinar a diversidade e
apreensão da realidade psíquica, verdades materiais subjacentes aos fenômenos
sensoriamente apreensíveis.
Em sua obra, suas construções e
contribuições vêm de uma notável integração entre as obras de Freud e M. Klein,
embora tenha abandonado a teoria freudiana do trauma. Explora as contingências
dos dois princípios do funcionamento mental: a introdução do princípio do
prazer/desprazer através da memória, do desejo e do entendimento, na apreensão
da realidade.
No trabalho onírico de
vigília e seu uso na sessão, bem como o dos mitos, como sonho da humanidade
sobre ela mesma, Bion expande a teoria de Freud sobre os sonhos. O fenômeno
edipiano é mais detalhado por ele, descobrindo subjacências em grupos humanos.
Aprofunda a psicose ao lidar com esta na vida cotidiana, expandindo a visão dos
três instintos humanos básicos: de vida, os epistemofílicos e os de morte,
prosseguindo com a expansão kleiniana dos instintos de morte sobre os de Freud.
Pela vida e a obra
produzida, Bion é considerado o terceiro gênio da psicanálise, pela
inteligência extraordinária e um pensar inovador cujas contribuições romperam
com os clássicos paradigmas da psicanálise, tendo sido um virtual fundador de
uma nova “escola contemporânea” cujo fundamento é o “vínculo” e o “pensamento”.
Bion foi o autor do
“Influentes Experiências com Grupos”, Londres: Tavistock, 1961, tendo sido um
pioneiro na experiência com dinâmica com grupos. Experiências com Grupos foi
uma guia importante para os movimentos da psicoterapia de grupo e de encontro
de grupo que começaram nos anos 60, e transformaram-se rapidamente na “pedra-de-toque”
para o trabalho de aplicações da teoria do grupo em uma larga variedade de
campos. O pensamento geral deste autor enquadra-se no pensamento da escola da “Teoria
das Relações Objetais”.
Os analistas que
seguiram depois das descobertas de Melanie Klein, os póskleinianos,
desenvolveram mais a teoria e a técnica, criando conceitos e novas estratégias
para resolver situações surgidas na análise de seus pacientes, dando
continuidade às linhas essenciais do pensamento kleiniano.
Seus discípulos se
destacaram com seus trabalhos, suas publicações, idéias, conceitos originais da
doutrina kleiniana.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário