INSTITUTO FREIDIANO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

sábado, 11 de janeiro de 2014

Conflitos sexuais – ao conflito entre ser e fazer




Parte da Apostilha Teoria Psicanalítica D.W.Winnicott
Curso Livre de Capacitação em Psicanálise
SPOB-POLO\RS

                   Conflito essencial do ser humano no início da vida ao relacionamento objetal; quando o bebê transita do ambiente que está identificado ( ser) , e começar agir sobre os objetos externos, separados dele. A criança está no dilema de separar a atitude da mãe no início, onde ele é o seio e o seio é ele.
                   Com comportamento adequado da mãe, o bebê experiência a onipotência,  introjeta e se identifica, portanto está no “ser”,  que tem relação com identificações, como projetar e introjetar, enquanto que a confrontação entre o bebê e  seio envolve o fazer.
                  “ A destruição é inerente ao relacionamento objetal”, o ser se identificou, foi tolerado e respeitado na sua onipotência, passa para a objetivação. Já sendo mais integrado se dá a fase do fazer sobre o objeto, ou sofrer algo que seja feito por ele, necessário para que  ocorra o amadurecimento. Para isso a ilusão inicial do ser num só e a separação, deve ser levado em conta o ritmo e obedecer o processo, portanto ser feita de forma gradativa.
                  “ Na psicopatologia, alguns dos maiores bloqueios ao envolvimento instintual ou do impulso, surge quando paciente mais objeto, se transforma violentamente em paciente, se confronta e é confrontado pelo objeto, implicando uma mudança que vai de uma defesa aconchegante para uma posição de angústia de alto grau e uma percepção súbita de imaturidade.”
                 Vamos ver claramente o conceito de identificação e objetivação, no caso exposto por Winnicott, do paciente que era visto e tratado pela mãe como menina, resultando em uma sexualidade cruzada, onde o biológico masculino em conflito com o feminino , teria que dar conta de ser feminino para não perder o amor da mãe.
                  Assim a teoria Winnicottiana da sexualidade, tanto no aspecto relacional como no instintual, fica inserida na  teoria do amadurecimento, fazendo da mesma, vista num contexto mais amplo que a tradicional.

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